National Academies Press: OpenBook
« Previous: Chapter 3
Suggested Citation:"Chapter 4." National Research Council. 1996. Guide for the Care and Use of Laboratory Animals -- Portuguese Edition. Washington, DC: The National Academies Press. doi: 10.17226/11441.
×
Page 96
Suggested Citation:"Chapter 4." National Research Council. 1996. Guide for the Care and Use of Laboratory Animals -- Portuguese Edition. Washington, DC: The National Academies Press. doi: 10.17226/11441.
×
Page 97
Suggested Citation:"Chapter 4." National Research Council. 1996. Guide for the Care and Use of Laboratory Animals -- Portuguese Edition. Washington, DC: The National Academies Press. doi: 10.17226/11441.
×
Page 98
Suggested Citation:"Chapter 4." National Research Council. 1996. Guide for the Care and Use of Laboratory Animals -- Portuguese Edition. Washington, DC: The National Academies Press. doi: 10.17226/11441.
×
Page 99
Suggested Citation:"Chapter 4." National Research Council. 1996. Guide for the Care and Use of Laboratory Animals -- Portuguese Edition. Washington, DC: The National Academies Press. doi: 10.17226/11441.
×
Page 100
Suggested Citation:"Chapter 4." National Research Council. 1996. Guide for the Care and Use of Laboratory Animals -- Portuguese Edition. Washington, DC: The National Academies Press. doi: 10.17226/11441.
×
Page 101
Suggested Citation:"Chapter 4." National Research Council. 1996. Guide for the Care and Use of Laboratory Animals -- Portuguese Edition. Washington, DC: The National Academies Press. doi: 10.17226/11441.
×
Page 102
Suggested Citation:"Chapter 4." National Research Council. 1996. Guide for the Care and Use of Laboratory Animals -- Portuguese Edition. Washington, DC: The National Academies Press. doi: 10.17226/11441.
×
Page 103
Suggested Citation:"Chapter 4." National Research Council. 1996. Guide for the Care and Use of Laboratory Animals -- Portuguese Edition. Washington, DC: The National Academies Press. doi: 10.17226/11441.
×
Page 104
Suggested Citation:"Chapter 4." National Research Council. 1996. Guide for the Care and Use of Laboratory Animals -- Portuguese Edition. Washington, DC: The National Academies Press. doi: 10.17226/11441.
×
Page 105
Suggested Citation:"Chapter 4." National Research Council. 1996. Guide for the Care and Use of Laboratory Animals -- Portuguese Edition. Washington, DC: The National Academies Press. doi: 10.17226/11441.
×
Page 106
Suggested Citation:"Chapter 4." National Research Council. 1996. Guide for the Care and Use of Laboratory Animals -- Portuguese Edition. Washington, DC: The National Academies Press. doi: 10.17226/11441.
×
Page 107
Suggested Citation:"Chapter 4." National Research Council. 1996. Guide for the Care and Use of Laboratory Animals -- Portuguese Edition. Washington, DC: The National Academies Press. doi: 10.17226/11441.
×
Page 108
Suggested Citation:"Chapter 4." National Research Council. 1996. Guide for the Care and Use of Laboratory Animals -- Portuguese Edition. Washington, DC: The National Academies Press. doi: 10.17226/11441.
×
Page 109

Below is the uncorrected machine-read text of this chapter, intended to provide our own search engines and external engines with highly rich, chapter-representative searchable text of each book. Because it is UNCORRECTED material, please consider the following text as a useful but insufficient proxy for the authoritative book pages.

4 P~ANiA FISICA Para que os anlmals sojam bem culdados e adequadamente alojados, e necessarlo dlspor de lnstalacoes bem planejadas, bem construldas, e oferecer manutencao aproprlada. Esre e um elemento lmporrante que se traduz em um funclonamento eficlente, economlco e seguro (ver Apcudlce A, "Planejamento e Construsao de Blorerlos"). Quesltos relarlvos ao projeto e ao tamanho de um bloterlo dlzem respelto a abrangencla das atlvldades de pesqulsa lnstltuclonals, aos animals que serao alojados, a relacao flslca com o resto da lnstltulcao e a locallzafao geografica. Para lsso deve-se contar tambem com a colaboracao de pessoas experlentes sobre funclonamento e elaboracao de projetos de bloterlos e de representantes dos usuarlos do bloterlo em questao. Para as novas lnstalafoes e galolas pode-se utlllzar modelo que utlllza dlnamlca dulda computaclonal (CFD) (Reynolds e Hughes, 1994). Ao se projetar e construlr um blorerlo, devem-se observar as normas de construcao estaduals e locals pertlnentes. Ja para as unldades modulares (como estruturas pre-fabrlcadas e trailers feltos sob medlda) as orlentasoes de l construcao a serem seguldas estao descrlras neste capltulo. I Para um bom manejo dos animals e o conforto e a saude dos seres humanos, e essenclal separar as lnstalacoes dos animals das areas destlnadas as pcssoas, cmno escrltbrios e salas de reuniao. Para lsso, pode-se dlspor de alojamentos para os animals em edifLcios, alas, plsos ou salas separadas. Um planejamento culdadoso deve proplclar que os alojamentos dos animals fiquem pr6xlmos dos laboratbrlos de pesqulsa, mas separados desses por algum tlpo de barrelra, como portas, corredores ou plsos. Os animals devem ser alojados em lnstalacoes construidas ou destlnadas para esse fitm e nao slmplesmente ser acomodados em laboratbrlos. No caso de se preclsar manter um anlma em laborardrlo por exigencla de protocolo, a area deve apresentar as condlcoes tanto de alojamento quanto de culdados dos animals. Se necessarlo, deve-se tomar medldas para evltar os perigos assoclados a exposlcao aos animals.

l Planra Fisica - 97 Os materiais de construcao devem ser escolhidos de modo a facilitar o funcionamento do hioterio segundo condicoes seguras de higiene. Mareriais duraveis, a prova de umidade, resistentes ao fogo e sem emendas sao mais indicados para superficies internas. As superflcies devem ser suficientemente resistentes aos efeitos produzidos pelos agentes de limpeza, a escovacao, aos jatos de alta pressao e ao impacto. Ao se realizar pinturas, deve-se optar por produtos que nao sejam tUxicos aos animais. Em instalac6es externas, as superflcies devem ser resistentes as variac,6es climaticas e de facil manutensao. XREAS FUNCIONAIS Para que um bioterio seja pratico, funcional e eficiente, deve-se contar com uma avaliacao de um profissional na fase de planejamento. Assim, ao se definir o tipo de instalac6es e as fun:6es de apoio necessarias, devem-se verificar o tamanho, a natureza e a intensidade do programa institucional de uso de animais. Para instalacbes pequenas, com poucos animais ou animais em condisbes especiais - como instalacbes usadas exclusivamente para o alojamento de col6nias gnotobidticas ou livres de pat6genos especlficos (SPF) ou de animais em estabulos, currais ou alojamentos externos - areas como as listadas a seguir podem nao ser necessarias ou podem ser incluidas em area de multiplas funq6es. Sao necessarios espacos para: · Alojamento, cuidado e higiene dos animais. · Recepeao, quarentena e separacao dos animais. · Separa,cao de especies ou isolamento de projetos individuais quando necessario. · Depbsito. Tambem compbem a maioria das instalac6es multifuncionais para animais o seguinte: · Laboratbrios especializados ou espa,cos contiguos ou pr6ximos das areas de alojamento dos animais para a realizacao de atividades como citurgia, cuidado intensivo, necrdpsia, radiografia, prepara,cao de dietas especiais, procedimentos experimentais, tratamento cllnico e procedimentos de diagndstico laboratorial. · Instalacbes ou equipamentos para isolamento, no caso de se urilizarem agentes biol6gicos, flsicos ou qulmicos perigosos.

98 - Manual sobre Cuidados e Usos de Animals de Laborat6rlo · Areas para recebimento e armazenamento de allmentos, camas, medlcamentos, produtos blol6glcos e suprlmentos. · Espafo para lavagem e esterlllzafao de equlpamentos e suprlmentos e, dependendo do volume de trabalho, maqulnas para lavar galolas, mamadelras, vldrarla, pratelelras e latas de llxo; uma pia para usos diversos; uma autoclave para equipamenros, alimentos e camas; e areas separadas para equlpamentos limpos e sujos. · Espafo para armazenamento do llxo antes da lnclnerafao ou remofao. · Espafo para armazenamento a frlo (congelamento) ou elimlnagao de carcafas. · Espafo para o quadro de pessoal admlnlstratlvo e de supervlsao, lnclulndo espafo para trelnamento e enslno do pessoal. · Chuvelros, plas, armarlos, sanltarlos e areas de descanso para os funclonarlos. · Equlpamentos de seguranfa, como sistemas chave-cartao, vlgllancla eletrdnlca e alarmes. DTRETRIZES PARA CONSTRUCAO Corredores Os corredores devem ser largos o suficiente para facllltar a movlmentafao de pessoas e equlpamentos. Corredores de 1.80 x 2.50m (6 a 8 pes) de largura podem suprlr as necessldades da malorla dos bloterios. Quanto as junq6es entre o plso e a parede, estas devem ser projetadas de modo a facllltar a llmpeza. Ja em corredores que dao acesso aos alojamenros de caes e sulnos, bem como as lnstalaq6es para lavagem de galolas e a ou tras areas , e co nven l en te a l ns talafao de p o rtas dup las nas entradas ou outro recurso que possa dlmlnulr barulhos lntensos. Na medlda do posslvel, o acesso a tubulafao de agua e de esgoto, as conex6es eletrlcas e outros servlfos publlcos deve ser felto atraves de palnels ou compartlmentos nos corredores fora das salas ocupadas por animals. Alarmes, extlntores de lncendlo e telefones tambem devem ser lnstalados em compartlmentos ou em locals altos o bastante para evltar danos provocados pela movimentafao de equlpamentos grandes.

Plan~r. Fisica - 99 Portas das Salas Ocupadas por Animais Por questbes de seguranfa, as portas nas salas ocupadas por animais devem abrtr para dentro. Entretanto, se for necessIrio abri-las em direfao ao corredor, e necessario que existam vestibulos embutidos. Tambem por motivos de seguranfa e por outras raz6es, recomenda-se usar portas com visores. Esses visores, no entanto, poderao ser cobertos no caso de nao se pretender exposifao a luz ou se estiverem ocorrendo outras atividades nos corredores. As portas devem ser suficientemente grandes (aproximadamente 42 x 84 polegadas) para facilitar a passagem de estantes e de equipamenros. Elas devem ser bem ajustadas para evitar a entrada e a insralafao de pragas e construldas com mareriais que resistam a corrosao. De preferencia, devem-se utilizar portas automaticas equipadas com mafanetas protegidas ou embutidas e prote;6es metalicas na sua parte inferior Para maior seguranfa da sala ou para impedir o acesso de pessoas estranhas (como no caso do uso de agentes perigosos), deve-se colocar fechaduras nas portas e estas devem permitir que sojam abertas por dentro sem o uso de chaves. lanelas Externas E permitida a instalagao de janelas em algumas salas de animais, e pode ser um tipo de enriquccimento do ambiente para algumas especies, especialmente primatas nao-humanos, caes, alguns animais de fazenda e outros mamiferos de grande porte. Ao serem planejadas e impotante considerar o efeito que elas produzem sobre a temperatura, o controle do fotoperiodo e a seguranfa. Quando nao se puder regular adequadamente a temperatura em funfao de perda ou ganho de calor atraves das janelas ou quando o fomperiodo for um faror importante (COIllO nas colonias de criasao de roedores), nao se deve optar pela instalafao de janelas exteriores. Pisos Os pisos devem ser resistentes a umidade e a impactos, nao- absorventes, e relativamente lisos, embora possam ser necessarias su perfic i es rugos as em algu mas areas de gran de u mi dade e p ara algumas

100 - Manual sobre Cuidados e Usos de Animais de Laborardrio especies (como animais de fazenda). Os pisos devem ser resistentes tambem a acao da utina e de outros matetiais biol6gicos e aos efeitos adversos da agua quente e de agentes de limpeza. Devem ser capazes de sustentar estantes, equipamentos e itens armazenados sem rachar, curvar ou formar buracos. Dependendo de seu uso, os pisos devem ser monollticos ou ter o menor numero possivel de emendas. Alguns materiais que produziram resultados satisfatbrios sao os agregados de epbxy, pisos de concreto de superflcie dura e sem emendas e agregados a base de borracha especial endurecida. A correta colocacao do piso e essencial para garantir estabilidade da superficie a longo prazo. Se for necessitrio colocar soleiras na entrada de uma sala, elas devem ser projeradas de modo a facilitar a passagem de equipamentos. Drenagem Nos locais onde forem usados drenos de esgoto, o piso deve ser inclinado e as caixas de drenagem devem ser mantidas cheias de liquido. O escoamento da agua e a secagem das superflcies devem ser rapidos para diminuir a umidade (Gorton e Besch, 1974). Os canos de esgoto devem possuir um diametto minimo de quatro polegadas (10,2 cm). Em algu mas areas , co mo can is e i ns talac6 es p ata ani mais de fazen da, tecomenda-se usar canos de esgoto maiores. E para eliminar lixos s61idos, convem utilizar uma caixa de esgoto ou uma unidade colocada no *ao para residuos pesados. No caso de nao se utilizar os ralos por longos periodos, estes devem ser tampados e lacrados para evitar o refluxo de gases do esgoto e de outros contaminantes; em algumas circunstancias podem ser recomendadas tampas de ralos com fechaduras. Nao e necessario equipar todas as salas ocupadas por animais com drenos de esgoto, principalmente aquelas que alojam roedores. Neste caso, os pisos podem receber higienizacao satisfatbria por aspira,cao umida ou com pano umido e substancias de limpeza ou desinfetantes adequados. Paredes As paredes devem ser lisas, resistentes a umidade, nao-absorventes e suportar impactos. Nao devem apresentar fendas, enttadas de encanamentos que nao estejam vedadas e juncoes impetEeitas em portas,

PLanta F(sica- 101 tetos, plsos e cantos. Os materials da superflcie devem resistlr a llmpeza com detergentes e desinfetantes e a agua sob alta pressao. Podem ser considerados os usos de melo-fio, corrimao ou para-choque e protetores de canto para proteger paredes e cantos. Tetos Tambem os retos preclsam ser llsos, reslstentes a umldade e nao apresentar emendas lmper&ltas. Os materlais da superficie devem ser capazes de resistlr a limpeza com detergentes e desinfetantes. Os tetos de gesso ou de placas de gesso a prova de fogo devem ser lmpermeabllizados e receber acabamento com pintura lavlvel. Os tetos formados pelo plso de concrero do pavlmento superior devem ser lisos e pintados com rintas lmpermeaveis. Geralmente, nao se conslderam retos suspensos adequados, a menos que sojam fabrlcados com materials lmpermeavels e nao apresentem emendas defeltuosas. Encanamentos, dutos e lnstalacbes eletricas nao devem estar expostos, salvo se as superflcies possam ser limpas com facilidade. Calefa,cao, Ventllac,ao e Ar-Condicionado (HVAC) O co n tro le da temperatura e da um ldade mi n i miza as variacb es causadas por mudancas nas condis6es climaticas ou por diferencas no numero e tlpo de animals numa sala. Nesse sentldo, o ar-condlclonado e conslderado eficlente para regular tanto a temperatura quanto a umldade. Os slstemas de HVAC devem ser planejados para proporclonar confiabllldade, facllldade de manuten,cao e economla de energla. Estes devem ser capazes de atender as exlgenclas dos animals como colocado no Capltulo 2, proplclar ajustes de temperatura de + ou -I C (+ ou - 2 F) e manter a umldade relatlva do ar entre 30% e 70% durante todo o ano. Convem lnstalar em cada sala um controle termostatlco, para melhor regular a temperatura. O controle zonal para multas salas pode resultar em varlacbes de temperatura entre a "sala principal" de animals e as outras salas dentro da area devldo a diferensas nas densldades de animals dentro das salas e ao ganho ou perda de calor nos dutos de ventllacao e em outras superflcles dentro da area.

102 - Manual sobre Cuidados e Usos de Animais de Laboratorio O monitoramento regular do sistema de HVAC 6 importante, e 6 aconselhavel faze-lo indlvidualmente em cada sala. Nesse sentldo, os llmltes de temperatura e umldade, antes menclonados, podem ser modlficados para satlsfazer necessldades especlals dos anlmals em circunstancias nas quals todo ou a maior palte do blot6rlo seja destlnado exch~slvamente para esp6cies aclimatadas com necessidades similares (por exemplo, quando os animals sao mantldos numa lnstalacao com abrlgos ou externa). Vatlasoes moderadas, curtas nao frequentes na temperatura e na umidade relativa do ar fora da faixa sugerida sao bem toleradas pela maiorla das esp6cles comumente usadas em pesquisa. A maloria dos slstemas de HVAC 6 projetada para temperaturas e umldades m6dlas, maxlmas e minimas dentro de uma area geografica, com uma variacao de + ou - 5% (ASHRAE, 1993). Se ocorrerem variacoes extremas nas co n dic6es amblen tals extetn as que ultrapassem as especlficacoes do projeto, devem ser tomadas provldenclas para manter a temperatura e a umldade relatlva do ar dentro da faixa recomendada. Para isso pode-se valer de um uso malor de ar, promover uma reclclagem parclal de ar, utlllzar taxas de ventllacao modificadas ou ainda equipamento auxiliar. Tamb6m deve-se estar atento para a possibilidade de falhas no sistema de HVAC, e para lsso ha a necessldade de se planejarem ourros slstemas que possam suprlr as deficlencias geradas a nivels reduzldos. E sumamente importante evltar o acumulo ou a perda de calor que possa of erecer rlsco de vlda no caso de ocorrer uma falha mecanlca. Nao se trata de lnstalat slstemas paralelos, que nao sao pratlcos, exceto em clrcunstanclas especlals (como em algumas areas de perlgo blolUglco). Para o caso de necessldades temporatlas de ventliafao para abrlgos ou lnstalacoes externas, pode-se empregar algum equlpamento auxiliar. Em algumas clrcunstancias, recomenda-se o uso de filtros de alta eficiencia de pattlculas de at (HEPA) para o ar fornecldo as lnsralacoes em que os animals sao mantldos, manlpulados e submetldos a clrurgla. Tamb6m deve-se levar em considerasao a regulagem da dlferenca de p ressao do ar nas areas clrurglcas , de man lp ulacao , de aloi amen to e de servlco. Por exemplo, nas areas para quarentena, para alojamento e uso de animals expostos a matetlals petigosos e pata o alojamento de prlmatas nao-humanos deve ser mantlda pressao relatlva negatlva; enquanto que

Planta Flsica- 103 nas areas para cirurgia, para armazenamento de equipamentos limpo5 e para alojamento de animais livres de pat6genos deve ser mat~tida pressao relativa positiva com ar limpo. Nao se deve considerar a manuten~ao das diferenfas de pressao do ar como unico ou o principal metodo pot meiO do qual se controla a contaminasao cruzada e nao se deve depender dele para o controle da contaminacao. Poucos sistemas de tegulacao de ar sao capazes de controlar ou manter as diferencas de pressao atraves de porras ou de estruturas similares, quando estas forem abertas, ainda que por periodos curtos. Para o controle da contaminacao e necessario usar gabinetes de seguranca biol6gica e exaustao do ar com filttasao ou de outros meioS (alguns dos quais estao descritos no Cap~tulo 1). Se for utilizado ar recirculado, sua qualidade e quantidade devem estar de acordo com as recomendac6es do Cap~rulo 2. 0 ripo e a eficiencia do rratamento do ar devem estar de acordo com a quantidade e os tipos de contaminantes e com os riscos que eles oferecem. Energia e lluminac,ao O sistema eletrico deve ser seguro e propiciar iluminacao adequada, com numero suficiente de tomadas e amperagem adequada para os diferentes equipamentos. Deve-se conrar com uma fonte de energia alternativa ou de emergencia, para o caso de falha, para manutencao dos servicos basicos (por exemplo, o sistema de HVAC) ou das fun;6es de apoio (por exemplo, congeladores, estantes com ventilacao e isoladores) nas salas ocupadas por animais, salas de cirurgia e outras areas essenciais. Instalac,6es eletricas, marcadores de tempo (timers), interruptores e tomadas devem ser adequadamente vedados para evitar que insetos se alojem neles. As lampadas f uorescenres embutidas sao as mais comumenre utilizadas em bioterios, que sao tambem mais econGmicas. Deve-se usar um sisrema de iluminac,ao com conttole de tempo, com vistas a garantir um ciclo de iluminac, ao diurno uniforme. E preciso verificar regularmente o funcionamento dos hmers e dos disjuntores, para manter um ciclo de luz apropriado. Deve-se utilizar algum tipo de protetor nas lampadas ou instalacbes eletricas para garantir a seguranca dos animais e do pessoal. Em areas onde se usa muira agua, como locais de lavagem de gaiolas e de manutencao de aquarios, e necessario utilizar interruptores e tomadas resistentes a umidade. Ainda, os interruptores devem ser aterrados.

04 Manual sobre Cuidados e usos de Anunals de Laborat6rlo Depositos Deve haver espaSo adequado para o depbsito de equipamentos, suprlmentos, allmentos, cama e llxo. Corredores nao sao locals aproprlados para a passagem de pessoas ou de equlpamentos ou para depbslto. Nao ha necessldade de multo espaso para depbslto se se puder contar com entregas regulares de marerlal. Camas e allmentos devem ser armazenados em urna area especlfica, longe de materials que possam of erecer algum rlsco de contamlnasao por substanclas t6xlcas ou perigosas (ver Capltulo 2). E de suma lmportancla um depbslto refrlgerado, separado de outros dep6slros &los, para colocasao de animals mortos e restos de tecldo animal. Para lsso, deve-se manter o depbslto em temperarura abalxo de 71 C (44,6 F) para reduzlr a putrefasao dos restos e das carcasas de animals. Controle de Ruldos Uma questao de grande lmportancla em um bloterlo refere-se ao controle de ruldos (ver Capirulo 2). Por lsso, atlvldades de apolo que produzem ruldo, como lavagem de galolas, sao reallzadas geralmente separadas das atlvldades experlmentals e das areas de aloiamento. Paredes de alvenaria, em lugar de paredes de meral ou de gesso, sao mais eficientes na contensao de ruldos, dada a sua densidade, que reduz a transmissao do som. Nao e recomendado colocar marerials para controle de ruldos dlretamente no teto, ou como parte de um teto suspenso de uma sala ocupada por animals, pela dlficuldade de hlgienizasao e controle de pragas. Entretanto, materials usados para atenuasao de som hlglenlzavels presos a paredes ou tetos podem contrlbulr para o controle de ruldos. Ha experlenclas bem-sucedidas em que se utillzaram portas que dao para os corredores bem construldas, partas atenuadoras de som ou enrradas com portas duplas para ajudar no controle da transmlssao do som nos corredores. O som gerado pelos equlpamentos tambem deve ser atenuado. Os slstemas de alarme de lncendlo e de monltoramento amblental e os slstemas de alto-falantes devem ser escolhldos e locallzados de manelra a dlmlnulr a posslbllldade de exposlsao dos animals ao som. Deve-se co ns lderar a lo callzasao de equ lp amen ros capazes de gerar so ns em

Plar~ta Flsica 105 frequencias ultra-sdnicas, dado que algumas especies distinguem frequenclas de som muito altas. Instala,cbes para Materials de Llmpeza Deve-se conrar com uma area excluslva para a higienizacao de gaiolas e de equipamentos auxiliares. Sao necessarios tambem equipamentos mecanicos para lavagem de gaiolas, que devem ser escolhidos de acordo com os seus tipos. Para isso, consideram-se os seguintes htores: · Localizacao, com relasao as salas ocupadas por animals, as areas de eliminacao de lixo e as areas de dep6sito. · Facilidade de acesso, incluindo portas com largura suficiente para facilitar a movimenta,cao de equipamentos. · Espaco suficiente para pequenas paradas e manobra de equipamenros. · Fornecimento de material necessario para efetuar com seguranca a eliminacao de camas e para atividades de pre-lavagem. · Fluxo de transporte para separar animals e equipamentos que sao transportados de areas llmpas para areas sujas. · Isolamento de paredes e tetos, quando necessarlo. · Atenuasao do ruldo. · Servlcos gerals, como agua quente e frla, vapor, drenos no plso e energla eletrlca. · Ventllacao, lnclulndo a instalacao de aberturas e dispositivos para disslpac,ao de vapor e fumaca dos processos de higienizacao. INSTALAC0ES PARA CIRGURGIA ASSEPTICA I Ao se elaborar um projeto para sala de cirurgia devem-se observar as especles que serao operadas bem como a complexidade dos procedlmentos a serem realizados (Hessler, 1991; ver tambem Apendice A, "Planejamento e Construcao de Bioterios"). Para a maioria das cirurgias em roedores, a instalacao pode ser pequena e simples, como, por exemplo, uma area especlfica no interior de um laboratbrio, adminlstrada adequadamente a fim de minimizar a contaminacao proveniente de outras atividades na sala durante a cirurgia. Quando se trata de um numero

106 - Manual sobre Cuidados e Usos de Animals de Laborarorlo maior de anlmais, animals de tamanho grande e de procedlmentos complexos, o reclnto tambem deve set maior e mals complexo. Cltem-se como exemplos varios procedimentos em grande numero de roedores, a necessidade de colocaSao de dlsposltlvos de contensao especlals, mesas cirurgicas hidraulicas, drenos no plso para clrurgia em animals de fazenda e procedimentos que necessitam de grandes equipes clrurglcas e equlpamentos de apolo e, portanto, de grande espaSo. A relaSao entre as instala$6es cirurgicas e os laboratbrios de diagndstico, as instalaSoes pata radiologia, o alojamento de animals, os escritbrios da equipe de trabalho etc. deve ser considerada no co ntexto geral da co mplexidade do p rograrna citurgico. Devem-se separar adequadamente as instalaSoes citurgicas de outras areas com vistas a diminuir o translto desnecesslrio e as possibilidades de contaminafao (Humphreys, 1993). InstalaSoes centralizadas apresentam como vantagens economla no custo de equlpamentos, espaSo e recursos humanos; no transporte de animals, que fica reduzldo; e no aumento da supervisao profissional das instala$6es e dos procedirnentos. Para a maioria dos procedimentos cirurgicos, os componentes funclonals de uma cirurgia asseptica incluem o suporte cirurglco, a preparaSao do animal, a preparaSao do clrurgiao, a sala de operaSoes e a recup eraSao pbs-o perat6 t la. Lo go , as areas o n de o co r rem estas fu n Soes devem ser planejadas de modo a evitar o translto e separar as atlvldades nao-cirurgicas correlatas dos procedlmentos cirurgicos reallzados na sala de operaSoes. A separaSao e mais bem-sucedlda por melo de barrelras ffslcas (AORN, 1982); no entanto, pode ser consegulda mantendo-se maior distancia entre as areas ou pelo cronograma de limpeza e deslnfecSao entre as atividades. Foi demonstrado que o numero de funcionarlos e seu nlvel de atividade estao diretamente relacionados ao nlvel de contaminaSao bacteriana e a incidencia de infec$6es pbs-operatbrias das lesoes (Fitzgerald, 1979). O transito na prdpria sala de operaSoes pode ser reduzido com a instalaSao de uma janela de observaSao, um sistema de comunicaSao (como o sistema intercom) e a localizaSao estrategica das portas. No planejamento de uma instalaSao cirurgica, o controle da contamlnaSao e a posslbllldade de reallza$ao da llmpeza com facllidade devem ser aspectos fundamentals. As superflcles internas devem ser

Planta Ffsica- 107 construfdas com materiais sem emendas e imperme§veis a umidade. Devem ser instalados tambem sistemas de ventilac50 que fornesam ar filtrado com pressao positiva, o que propicia a reducao de riscos de infecc50 pbs-operatbria (Ayscue, 1986; Bartley, 1993; Bourdillon, 1946; Schonholtz, 1976). E recomendado estabelecer com cuidado a localizacao de dutos de suprimento e exaust50 de ar e taxas de ventilacao adequadas da sala, para diminuir a contaminaq50 (Ayliffe, 1991; Bartley, 1993; Holton e Ridgway, 1993; Humpheys, 1993). Outra recomendacao diz respeito a quantidade de equipamento fixo, que deve ser o mlnimo posslvel, para facilitat a limpeza (Schonholtz, 1976; UFAW, 1989). Quanto a outros fatores a serem considerados na sala de operacbes, um deles ainda diz tespeito as lampadas cimrgicas, que devem proporcionar iluminac50 adequada (Ayscue, 1986), e ser em numero suficiente, tanto para o equipamento de apoio quanto para os dispositivos de eliminac50 de gases. A §rea de apoio as cirurgias deve ser planejada de modo a oferecer espaco para lavagem e esrerilizac50 de instrumentos e para guardar instrumentos e suprimentos. As autoclaves s50 geralmente colocadas nesta §rea. Normalmente, recomenda-se a instalasao de um tanque na Irea de prepatacao dos animals para facilitar sua limpeza e a limpeza da regiao que sera operada. Tambem e necess§rio providenciar uma §rea para substituir o vestu§rio pessoal por trajes cirurgicos. Para este caso, pode- se fazer uso de uma sala multifuncional com armarios. Deve haver ainda uma §rea para preparas50 dos cirurgioes, equipada com pias cirurgicas que podem ser acionadas com o pe, o joelho ou celula fotoeletrica (Knecht et al., 1981). Convem tessaltar que, para diminuir a possibilidade de contaminas50 da §rea cirurgica pelos aerossdis gerados durante a escovacao, a §rea destinada para este fim deve ser localizada fora da sala de operacoes. Para a recuperasao pbs-operatbria, deve-se fornecer um ambiente flsico capaz de prover as necessidades do animal durante o perlodo de recuperacao da anestesia e do perlodo imediatamente apbs a cirurgia, em espaco que petmita a observac50 adequada do animal durante esse penfodo. Para tanto, devem ser observadas as necessidades de iluminac50 e de equipamentos para monitotamento e apoio. Os tipos de gaiola e de equipamentos de apoios devet50 estar adequados as especies e aos tipos de p rocedi men to, mas devem ser projetados para serem de f§cil limpeza

108 - Manual sobre Culdados e Usos de Animals de Laborardrlo e pare sustentar Punches fisiol6gicas, como termorregulacao e respirasao. Dependendo das circunstanclas, a area de recuperacao pbs-operatbrla para animals de fazenda pode ser modificada ou nao exlstlr em algumas sltuacbes de campo, mas devem ser tomadas precaucbes para mlnlmlzar o risco de ferlmentos aos animals em recuperacao. REFERENCES AORN (Association of Operating Room Nurses).1982. Recommended practices for traffic patterns in the surgical suite. Assoc. Oper Room Nurs. J. 1 5(Y):750-758. AS H RAE (American Society of H eaung, Rehrigeranon, and Air Condition ing Engineets, Inc.). 1993. Chapter 24: Weather Data. In 1993 ASHRAE Handbook: Fundamentals, l-P edition. Atlanta: ASHRAE. Ayliffe, G. A. J. 1991. Role of the environment of the operating suite in surgical woundinfection. Rev of Infec. Dis.13(5uppl 10):5800-5804. Ayscue, D.1986. Operating room design: Accomodating lasers. Assoc. O per. Room Nurs.J. 41:1278-1285. Bartley, J. M.1993. Environmenral contml: Operating room air qualiry. Today=s O.R. Nurse 15(5):11-18. Bourdillon, R. B.1946. Air hygiene in dressing-rooms for burns or major wounds. The Lancet :601-605. Fitzgerald, R. H. 1979. Microbiologic environment of the conventional operating room. Arch. Surg.114:772-775. Gorton, R. L., and E. L. Besch. 1974. Air temperature and humidity response to clean ing water loads in laboratory animal storage facilities. AS H RAE Trans.80 :37- 52. Hessler, J. R.1991. Facilities to support research. Pp.34-S S in Handbook of Facility Planning. Vol.2: LaboratoryAnimal Facilioes,T. Ruys, ed. NewYork: Van Nostrand. 422 pp. Holton, l., and G. L. Ridgway 1993. Commissioning operating theatres. J. of Hosp. Infec. 23:153-160. Humphreys, H.1993. Infection control and the design of a new operating theatre suite. J. of Hosp. Infec.23:61-70. Knecht, C. D.,A. R.Allen, D. l. Williams, and J. H.Johnson.1981. Fundamental Techniques in Veterinary Surgery, 2nd ed. Philadelphia: W. B. Samrders. Reynolds, S. D., and H. H ughes. l 994. Design and optimization of airdow pattems. Lab Anim.23(9):46-49. Schonholtz, G. J.1976. Maintenance of aseptic barriers in the conventionai operating romn. J. of Bm~e and Jnmr Surg.58-A(4):439-445.

Plaura Fisica - 109 UFAW (Universities Federation for Animal Welfare). 1989. Guidelines on the Care of Laboratory Anunals andTheir Use for Scientific Purposes: 111 Surgical Procedures Herrs, UK: UFAW.

Next: Appendix A »
Guide for the Care and Use of Laboratory Animals -- Portuguese Edition Get This Book
×
MyNAP members save 10% online.
Login or Register to save!
Download Free PDF
  1. ×

    Welcome to OpenBook!

    You're looking at OpenBook, NAP.edu's online reading room since 1999. Based on feedback from you, our users, we've made some improvements that make it easier than ever to read thousands of publications on our website.

    Do you want to take a quick tour of the OpenBook's features?

    No Thanks Take a Tour »
  2. ×

    Show this book's table of contents, where you can jump to any chapter by name.

    « Back Next »
  3. ×

    ...or use these buttons to go back to the previous chapter or skip to the next one.

    « Back Next »
  4. ×

    Jump up to the previous page or down to the next one. Also, you can type in a page number and press Enter to go directly to that page in the book.

    « Back Next »
  5. ×

    To search the entire text of this book, type in your search term here and press Enter.

    « Back Next »
  6. ×

    Share a link to this book page on your preferred social network or via email.

    « Back Next »
  7. ×

    View our suggested citation for this chapter.

    « Back Next »
  8. ×

    Ready to take your reading offline? Click here to buy this book in print or download it as a free PDF, if available.

    « Back Next »
Stay Connected!